domingo, 23 de março de 2014

Errei, e...?

Erros acontecem tanto na vida privada como na vida pública. Eles se diferenciam seja pela gravidade, consequência, má-fé, irresponsabilidade, indulgência, baixa qualidade técnica, etc.
Mais importante do que viver apontando erro é apontar soluções. Ter em volta de si, quando se está ocupando um cargo de alto escalão, pessoas tecnicamente qualificadas diminui a margem de erro. Ser tecnicamente qualificado, também ajudaria e muito, a reduzir as chances de errar.
Tenho um amigo que, neófito nos serviços públicos cometeu um erro e pagou por ele. Qual teria sido o erro dele?
Ele ocupava um cargo comissionado em uma prefeitura e teria que tirar suas férias que estavam por vencer. Impossibilitado de se afastar de suas responsabilidades junto a municipalidade - é muito comum funcionários públicos com muitas obrigações não terem tempo de gozar suas férias em paz, apesar da imagem desabonadora que alguns ocupantes dessa importante função insistem em deixar - e também com o nascimento de seu primeiro filho, ele procurou o departamento de recursos humanos e solicitou, por escrito, se parte de suas férias poderiam ser compradas pela prefeitura. O processo passou por vários departamentos e deferido.
Após um ano, com seu filho já nascido, a partir de um apontamento do Tribunal de Contas do Estado, determinou a devolução do dinheiro recebido, pois funcionários comissionados são impedidos de vender suas férias, algo comum no setor privado.
A devolução foi realizada!
Aqui temos um exemplo de um erro administrativo que foi apontado por um órgão fiscalizador e devidamente ressarcido aos cofres públicos.
E o caso Pasadena?
Esse é um caso que pode ser tanto de falta de competência da equipe como um todo ou de má-fé. Devemos crer na primeira possibilidade, pois senão, estaremos tratando de um crime contra a empresa e consequentemente contra o povo brasileiro. É um caso de absurda gravidade.
O que se espera na verdade, é que os mais de R$ 1 bi pagos indevidamente como no caso das férias vencidas, sejam devidamente ressarcidos aos cofres públicos e se existe algum indício de crime, que os punidos sejam presos.
CPI's e outros fatos políticos são menos importante do que prega a lógica - devolução e prisão!
Infelizmente a mídia embarcou na discussão política esquecendo-se desses dois detalhes importantíssimos.
Quem devolverá? Os diretores e conselheiros que assinaram o documento de compra? Não sei, mas a justiça deverá buscar os culpados.
Sou obrigado a acreditar na boa-fé da presidente, mas lembrá-la de ler tudo antes de colocar o seu xamegão!
Ter uma equipe competente e honesta é o início de um bom governo.
Parece que a presidente da República está com deficiência em dos dois princípios básicos da administração pública.
P.S. O sujeito que devolveu o dinheiro a municipalidade que conheço tão bem, sou eu mesmo! Errei ou fui levado ao erro, mas paguei e fiquei com o nome e a consciência tranquila!


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