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terça-feira, 15 de abril de 2014

Pesquisas e TV

TV e campanha

Está mais do que provada a força que a TV tem nas eleições. Daí a luta desesperada e muitas vezes desonesta para garantir alguns segundos a mais de exposição. A pergunta fica: Se propaganda eleitoral é algo tão massante e muitas pessoas dizem que não assistem, como ela consegue alterar o jogo político? A explicação é simples e óbvia: as pessoas assistem a propaganda eleitoral!

Eduardo Campos

Após a veiculação da propaganda eleitoral de Eduardo Campos ao lado de Marina Silva, diga-se de passagem, muito bem feita, o Datafolha foi a campo ouvir os eleitores sobre a campanha presidencial.
Apenas Campos teve boas notícias subindo de 10 para 11%, enquanto Dilma caia mais um pouco e Aécio se manteve no mesmo patamar.

Pode melhorar

Campos e Marina terão muita dificuldade para convencer os 72% que desejam mudanças nos rumos do País a acreditar em seus discursos, afinal de contas, sempre foram aliados do PT e estiveram no governo desde sempre. A tática de polpar Lula e bater em Dilma visa ficar de bem com o ex-presidente que continua bem avaliado para boa parcela da população, mas para os eleitores um pouco mais esclarecidos isso não funcionará, pois sabem que tudo de bom e de ruim que acontece no governo Dilma, tem o aval de Lula.
Uma hora ou outra, o descolamento total será necessário, senão, será mais do mesmo!

Aécio e a TV

O PSDB está há alguns dias com inserções de 30 segundos na TV e saberão se o seu discurso está convencendo ou não os eleitores, pois tanto o Vox Populi como o Ibope foram a campo ouvir mais de 2 mil eleitores cada um, objetivando a margem de erro amostral de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo como fez o Datafolha e como é recomendado nesse tipo de estudo.

FHC

O ex-presidente ciente de que está com boa aceitação por boa parcela dos jovens tenta falar olho no olho com essa massa de pessoas que ainda buscam por um líder que fale sua língua. Usa até mesmo a tática de marketing - falar e andar ao mesmo tempo - para colocar para bem longe a imagem de que, apesar de octogenário, está ainda com muita saúde para ajudar o Brasil e o PSDB.

Aécio

As inserções de Aécio são voltadas para mostrar suas obras em Minas Gerais e que elas, muito bem avaliadas, podem ser estendidas para o Brasil. A tática é boa, mas para conquistar votos no Nordeste, onde  Aécio é pouco conhecido e o PT é muito forte, ele precisará ser mais do que popular. Deverá ser, infelizmente, populista!

Nem tudo

Na quinta-feira, dia 17.04.14, o PSDB terá a inserção de 10 minutos de propaganda eleitoral gratuita, mas não saberá medir a sua força, pois os dados coletados já estarão em fase de tabulação dentro dos institutos.
Essa poderá ser uma onda perdida e como surfistas em competições, serão poucas ondas em pouco tempo. Aécio deverá continuar remando em busca do discurso que convença os indecisos.

A TV irá decidir

Apesar de Dilma estar chegando ao patamar crítico de 34% de aprovação de governo (abaixo disso as chances de a oposição ser eleita são grandes!), e ver cada vez mais o desejo de mudança aumentar, entendo que a TV dará a ela chances muito maiores de vitória do que para os seus oponentes. Termino como uma analogia barata, mas real: a esposa (povo) não aguenta mais o marido (governo), mas como ela está acostumada, vivendo há 12 anos do seu lado e como ele terá muito tempo para ficar martelando em seu ouvido de que ele vai mudar, melhorar, ela decide dar mais uma chance...de 4 anos.

Por Marcelo Di Giuseppe





segunda-feira, 17 de março de 2014

Análise equivocada de Marcos Coimbra do Vox Populi


Carta Capital

Marcos Coimbra, presidente do instituto de pesquisas de opinião, Vox Populi, faz análises para a revista Carta Capital.

Lula e Dilma

Coimbra sustenta que a situação de Dilma para as próximas eleições são muito similares a situação de Lula em 2.006. Vamos aos dados que embasam sua análise...

Aprovação de Governo

Em fevereiro de 2.006 a aprovação do governo Lula, resultante da soma entre aqueles que consideravam o governo ótimo e bom era de 37%. Em março passou para 42%, abril 37%, maio 39%, julho 38%, agosto 45%, setembro 49% e outubro, mês no pleito, 53%.

Percebam..

Volto a citar um axioma eleitoral: governos com aprovação de governo acima de 51% têm acima de 90% de chances de vencer uma eleição.
Notem portanto que esse fato ocorreu (e não errei de novo!) em 2.006.

O poder da TV

Políticos estão sempre em campanha, mas legalmente ela tem a data certa para o seu início. Mas a consolidação de um nome e sua candidatura em nível estadual e federal, ocorrem mesmo com o programa eleitoral. Notem, novamente, que a aprovação do governo Lula em um patamar muito próximo (abaixo muitas vezes) dos 40% até entrar a TV na jogada.

Semelhanças

Sim, Coimbra acerta em dizer que existem semelhanças entre os dois momentos, mas erra ao não notar que elas estão muito ligadas ao tema aprovação de governo.

Diferença I

Algumas diferenças são enormes, exemplo: os nomes e os respectivos pesos são outros. Em 2.006 os candidatos eram: Lula/PT, Alckmin/PSDB, Heloísa Helena/Psol, Cristovam Buarque/PDT, Ana Maria Rangel/PRP, Eymael/PSDC, Luciano Bivar/PSL e Rui Costa/PCO.
Agora, até o momento temos os seguintes pré-candidatos: Dilma/PT, Aécio/PSDB, Eduardo Campos/PSB, Randolfe Rodrigues/Psol.
Dilma terá pela frente, menos concorrentes, mas com peso regional maior. Esse é o primeiro perigo para sua reeleição.

Diferença II

Claro que teremos que acompanhar a evolução da aprovação de seu governo, porém, Lula sempre foi um ótimo "advogado", com ótima oratória e sabe falar o que o povo deseja ouvir.
Dilma, apesar do tempo de TV, poderá ter mais dificuldades.

Nossas pesquisas

Há mais de um ano, mesmo em tempos de aprovação de governo nas alturas, sustento que o 2º turno é certo, de acordo com nossos estudo de potenciais de voto e cresciemento.
O 2º será uma nova eleição e Dilma, diferente do que afirma Coimbra, corre sim grandes riscos.