quarta-feira, 9 de abril de 2014

Ainda sobre o IPEA

Não foi erro

Um instituto da magnitude do IPEA dificilmente comete erros de maior complexidade. Erros banais como o apresentado com o codinome de "fatalidade", sejamos sinceros, não são cometidos.

Tempo e equipe

Além do mais, o IPEA conta com equipe técnica de qualificação extraordinária, com notório saber e suas pesquisas não têm sobre suas costas o afogadilho imposto por clientes - políticos ou de mercado - para fazer com que todos trabalhem diuturnamente e sob o estresse, possam vir a cometer erros crassos e impensáveis.

O buraco é mais em cima

A imagem do IPEA foi manchada e como sabemos, institutos de pesquisa têm em sua credibilidade o seu maior ativo, devo deduzir que os seus funcionários jamais gostariam de ter sua capacidade ou honestidade colocada sob julgamento, tendo a deduzir que a despreocupação com o correto, não partiu de seus funcionários de carreira. Eles erram porém, pela omissão de aceitarem qualquer tipo de desvio de conduta de seu corpo administrativo.

Politização

Alguns institutos já passaram por isso e hoje são apenas braços de partidos políticos ou do governo da hora. Esquecem-se que o mundo gira e o que fica é a sua boa imagem. Isso é o que faz com que clientes confiem no instituto. Ganhar dinheiro rapidamente ou de maneira escusa, é o caminho mais curto para a falência de um instituto de pesquisa.

Proposta indecente

Quem conhece de perto o mundo da política e suas nuances - tenho repulsa à elas, mas elas existem! - sabe que proposta indecentes sempre ocorrem, para colocar o candidato X na frente ou o Y atrás. Se o instituto aceita esse artifício apenas uma vez, está tudo acabado! Como diria o sábio: "o único que não pode cometer um pecado é o Padre."

Nós contra eles

Nos últimos anos um cheiro ruim paira sobre o Brasil. Se você faz pesquisa para o partido A será automaticamente evitado pelo partido B. Isso é de uma idiotice e pequenez tremenda, pois os institutos sérios não saem por ai leiloando pesquisas e passando informações estratégicas para um ou para outro. Agora, se o cliente quer pagar pouco ou espera de um instituto que fale o que ele quer ouvir, continue contratando os "picaretas" do mercado, que aliás, existem aos montes!


Por Marcelo Di Giuseppe

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