sábado, 3 de janeiro de 2015

Turistas ou Duristas?

Eis uma questão fundamental para quem mora em cidades de praia e que em algumas épocas do ano são visitadas por um grande número de turistas.
O alvo principal dessas pessoas certamente é a beleza e a tranquilidade da areia da praia, um banho de mar e o Sol escaldante.
Chega a ser interessante essa relação entre as pessoas que passam o ano todo em meio ao caos do trânsito da cidade de São Paulo, por exemplo, e o relaxamento da cadeira de praia.
Se essa relação ficasse apenas nesse patamar tudo seria compreensível, mas a coisa é bem diferente!
A falta de educação das pessoas que fazem da praia o seu vaso sanitário, das ruas salão de funk ostentação e das noites ringues de vale-tudo, transformam paraísos em infernos.
Se para esses duristas - turistas que vêm sem dinheiro, apenas em busca de curtição - o ano começa bem e feliz, para nós, os moradores de cidades assim, o ano começa um inferno!
Há muito tempo venho pensando em como cercear e limitar os desmandos dessas pessoas que não se comportam da forma que uma sociedade organizada espera, mas normalmente sou vencido por comerciantes que miram apenas os seus caixas e políticos que evitam tomar decisões firmes.
Os comerciantes vêm percebendo que suas vendas poderiam ser muito melhores se a qualidade dos turistas fosse melhor.
Enfim, notaram que o ticket médio maior é mais interessante do que muitos tickets baixos, pois lhe geram menos custos, menos problemas, etc.
Já os políticos, ainda demoram a perceber que esses turistas geram muito mais custos do que divisas para a cidade, seja com o acúmulo de lixo nas praias e ruas, atendimentos nas unidades de pronto atendimento e problemas de segurança.
Ter a cidade cheia de turistas não deve orgulhar ninguém se os problemas são maiores do que a geração de divisas.
O Governo Federal, o maior arrecadador de impostos, não dá reforço de caixa para essas cidades que sofrem com essa invasão desmedida de maus educados e consequentemente, porcos.
Sobra assim, para os municípios resolverem os problemas gerados por visitantes à sua população e ao seu caixa.
O ano de 2015 chegou, a Presidente conclama para a "pátria educadora" e notamos que o caminho é esse, mas sabemos que esse caminho não será seguido, porque o governo não pensa realmente assim e porque o povo brasileiro não quer que seja assim.
Dessa forma, o que sobra é a vontade de planejar o final de 2015 para que esses problemas sejam realmente resolvidos.

Por Marcelo Di Giuseppe

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