terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O que será desses jovens?

A gente fica velho...e como fica!
O tempo não perdoa e parece passar cada vez mais rápido.
Pensei muito sobre isso e cheguei a conclusão que essa sensação de tempo voando está diretamente ligada a velocidade em que levamos a vida em nosso dia-a-dia.
Se não temos nada para fazer, o tempo pára! Se temos muita coisa coisa por fazer, o tempo voa!
Parece óbvio, mas é natural ouvirmos ou falarmos: já estamos no final do ano, etc...
Pensando assim, vejo esses jovens fantasiados pelas ruas, pintados com tatuagens eternas, fazendo questão de falar errado, transgredindo as leis naturais da vida e as feitas pelos homens e penso: onde eles irão chegar? O que será deles daqui alguns anos?
A resposta parece também muito óbvia, pois nesse mesmo momento, nos deparamos com jovens preocupados em buscar uma experiência internacional, falar outro idioma, estudar mais, fazer um esporte, ler um livro, etc.
O que mais me deixa triste é perceber que a juventude das classes média alta e alta fazem parte desse segundo grupo e os jovens das classes mais baixas estão em um caminho sem volta, rumo ao precipício da ignorância.
Antigamente, e eu faço parte desse grupo, pessoas de menor poder aquisitivo tinham pais de pouca escolaridade, mas que exigiam muito de seus filhos, mesmo em escolas públicas. Aliás, me recordo de ter ido fazer o chamado vestibulinho em uma escola de segundo grau do governo, pois as vagas eram concorridas. Antes que me perguntem...passei!
Só havia uma forma de conseguir competir com os jovens bem nascidos: estudando muito!
Entrar em uma universidade, mesmo particular, era um parto! Estudar inglês, apenas para os ricos! Viajar para o exterior, também!
Hoje está tudo mais fácil, a internet deu a possibilidade de qualquer um estudar, se formar, buscar informações e viajar, mesmo que seja virtualmente, mas nossos jovens preferem ser instruídos por vossas tribos e fazer parte de algo que não lhe dá um bom presente e certamente lhe dará um futuro tão ou pior do que o que seus pais tiveram.
A exaltação de cantores de funk, MCs, entre outros ao invés de buscar por uma cultura mais elevada, rebaixa esses jovens a um mundo sem precedentes.
Sei que muito dirão que isso também é cultura, a cultura da periferia, etc, mas será que o desejo de todo jovem da periferia é permanecer o resto de sua vida por lá ou será que ele deseja morar em uma casa melhora, com condições sanitárias melhores, etc?
Percebemos a resposta pelos próprios artistas que ao ganhar o primeiro milhão deixam sua casa de infância para trás.
Infelizmente, notamos que essa juventude desorientada ficará pelo caminho e em uma sociedade cada vez mais em busca do conhecimento, ela permanecerá à servir os que hoje buscam por melhor formação.
A distância entre ricos e pobres jamais reduzirá enquanto essa concepção de juventude for alimentada pela mídia e pelo governo.
O caminho é sem volta...

Por Marcelo Di Giuseppe

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