segunda-feira, 2 de junho de 2014

O que será que mudou?

Eu e o Futebol

Futebol para mim é uma religião!
Esperar pela 4ª feira a noite, a 5ª, sábado e domingo para assistir a um jogo, sempre foi uma obrigação com minha vontades.
Sempre achei que não tinha nenhum vício - bebidas, jogo, cigarro - mas descobri que o Futebol e suas particularidades eram a minha droga.

Eu e as Copas

Desde que chorei de soluçar ao ver o Brasil ser derrotado em pleno 04 de Julho de 82 no Estádio Sarriá na Espanha, não lembro de ter perdido um jogo de Copa do Mundo.
Alguns meses antes, me punha a fazer simulações de resultados em tabelas de jogos que vivia a pescar pelos comércios da cidade.
Por superstição, jamais assistia a um jogo do Brasil, uniformizado com a camisa verde e amarela e para quebrar essa tradição, resolvi assistir a final da Copa de 98 na França. Resultado: minha superstição estava correta!

Sonho ao vivo

Sempre sonhei em ir a uma Copa do Mundo. Aliás, ao final de toda Copa, lá estava eu fazendo contas e planejando minha viagem, que acaba indo por terra, ao perceber que trabalhar e estudar deveriam ser as minhas prioridades.

Copa no Brasil

Para quem respira futebol, nunca perdeu um jogo de Copa do Mundo e saber que os jogos seriam no Brasil, não haveria escapatória, dessa vez vai!
Mas alguma coisa mudou!

É a idade?

Começo a pensar se a minha descrença ou falta de vontade advém da minha idade - nem tão velho assim! - mas sendo marido e pai, as responsabilidades são outras.

É o Futebol?

Não sei também se a qualidade do futebol apresentado ultimamente é o que me distancia dos estádios e muitas vezes da TV.
Tenho comigo que os técnicos brasileiros estão tentando de tudo para acabar com o nosso futebol com a teoria de que vale muitos mais não perder, do que arrisca-se à vitória!
Hoje mais vale ser grande e forte do que baixo e habilidoso, mesmo tendo Messi e Neymar para quebrar esse dogma das equipes de base e profissionais do Brasil.

É a Política?

Me pego pensando se foi a forma que as coisas aconteceram para que a Copa ocorresse aqui no Brasil. Desorganização, corrupção, promessas do tal legado que jamais existirá, não sei.

Só sei...

A única coisa que sei que, há 10 dias da Copa do Mundo no Brasil, eu - viciado em futebol, com idade mais tranquila, vida profissional e financeira estabilizada - estou pensando mais em que restaurante levar minha esposa e filhos (eles não podem faltar!) no dia 12 de junho, do que ver a estréia do Brasil na Copa.

Por Marcelo Di Giuseppe

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