quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

A hora e a vez da Argentina

O Cristo Rendentor em 2009 decolou na capa da The Economist com a seguinte frase: Brazil takes off (Brasil decola).
Esse carinho todo dado pela revista inglesa centenária não passava de uma leitura muito mal feita da felicidade momentânea em o país passava com muito consumo e pouca preocupação com os anos que viriam.
Mais tarde, em 2013, a revista quis se redimir com uma nova capa, mostrando o Cristo em plena queda!
Se a mídia nacional e estrangeira demorou tanto para perceber que não existe almoço grátis, que uma hora a conta chega, que os governos devem que ser tratados com muita prudência e responsabilidade, para mim e para outros analistas, a certeza do fracasso era certa, bastava o tempo.
Nunca torci pelo fracasso, pois estou nesse mesmo avião, mas entristece ver quantos "intelectuais" e "inteligetinhos" como diria Pondé, ficam ainda defendendo o modelo desenvolvimentista.
Como aceitar com tranquilidade que todo a nossa magnitude seja ultrapassada por um país com dimensões, em todos os sentidos, menores que os nossos?
Pois é isso que o mundo começa a fazer! Olhar com mais carinho para a Argentina, buscar mais negócios, investir mais nesse país.
Tudo isso está ocorrendo, pois nota-se que a sua frente, um novo presidente que pretende deixar com que o indivíduo seja mais importante do que o Estado e a soma dos primeiros tornem o segundo muito maior, está fazendo a diferença.
A saída para o Brasil ainda é uma incógnita, mas a ascensão nas universidades e na mídia de pessoas que acreditam que apenas o governo poderá salvar-nos dessa situação, dificultará e atrasará ainda mais o caminho menos tortuoso.
Todos temos que nos doar um pouco mais ao nosso país, começando por nossa cidade, nossa rua, calçada, etc. e parar de esperar que a solução mágica venha de uma canetada de Brasília.

Por Marcelo Di Giuseppe

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