terça-feira, 25 de agosto de 2015

53% das famílias da Baixada Santista têm pelo menos uma pessoa desempregada em casa

O número parece assustador, mas vem comprovar a aflição que ultimamente bate a porta das casas da Região Metropolitana da Baixada Santista.
Nos dias 16 e 17 de agosto, o IBESPE ouviu 400 pessoas, divididas proporcionalmente entre as 9 cidades que compõem a RMBS e fez a seguinte pergunta:
Em sua residência tem alguma pessoa desempregada?
O resultado assusta e traz à tona um problema que o Governo Federal sempre contabilizou de forma diferenciada e que de certa forma, não mostra a verdadeira face do problema.
Enquanto o Governo Federal mede a taxa de desemprego a partir do número de pessoas que efetivamente buscam emprego, eu sempre entendi que qualquer um em idade economicamente ativa que não estiver ocupado, trabalhando - formalizado ou não - está desempregado.
Esse é um dos mais perversos efeitos de um Estado que se propõe tutelar de todas as formas sua população, provendo do berço ao túmulo todos os benefícios possíveis e que vem nos últimos tempos criando uma nova mentalidade de filhotes de passarinhos no ninho esperando a mãe passarinho trazer o alimento e colocar em sua boca.
Toda essa estratégia de tutela estatal culminou na geração nem-nem, jovens que nem estudam e nem trabalham.
Esse não é um fenômeno apenas brasileiro, mas de todas as nações que têm governos que querem agradar sua população com benefícios tão exagerados que além de criar uma nação de dependentes, faz nascer pessoas incapazes de tomar decisões, de buscar soluções para os seus problemas, sempre esperando a mão "muito visível" do Estado, que faz questão de propalar essas medidas em rede nacional.
As pessoas se esquecem ou fingem esquecer que o dinheiro gasto com seu benefício é pago pela sociedade no qual ela é parte integrante.
Para aumentar os benefícios é preciso aumentar a arrecadação com os impostos. E quem paga por isso? O próprio beneficiário!
Agora, com uma população com baixa formação intelectual, nada produtiva, onde o mundo cada vez mais pede por qualificação para manter o emprego, o desemprego volta a assustar.
O resultado mais expressivo dessa rodada do estudo mensal  ficou para a cidade de Itanhaém chegando a 100% das residências pesquisadas.
Para entender melhor esse triste momento, o IBESPE quis saber se as pessoas estão com medo do desemprego.
65% da população da RMBS diz estar com muito medo; 21% com pouco medo; 11% não está com medo e 3% não souberam responder.
Se contabilizarmos a soma daqueles que dizem estar com medo do desemprego, chegamos a absurdos 83% da população da região.
Tenho comigo que nossa região não é turística. Digo isso, pois comparo com cidades que vivem apenas de turismo.
Temos a maior cidade a poucos quilômetros de nossas praias, mas qual o percentual dessa população que vem para cá para fazer realmente turismo? Quantas pessoas chegam a Santos, se hospedam em hotel e pedem para um táxi levar-lhes na manhã seguinte ao Museu Pelé?
A Baixada Santista precisa de reformas estruturantes em busca do desenvolvimento e a base dessa revolução deveria ser a qualificação de sua população que como vemos está ainda desesperada por uma vaga de emprego.


Clique aqui e leia a pesquisa completa

Por Marcelo Di Giuseppe

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