terça-feira, 29 de julho de 2014

Lula

O ex-presidente e ainda comandante Lula está sempre disposto a dialogar com uma platéia.
Montam-se arquibancadas de sindicalistas, petistas e empresários amigos para ouvir com deleite suas explanações.
Falar palavrões, ofender pessoas, políticos de outros partidos e a imprensa em geral são seus esportes favoritos e sempre repercutem na própria imprensa - ofendida - que não se dá ao trabalho de se defender. Pior do que isso, um certo complexo masoquista de sair gritando: O Lula falou de mim! Que delícia!
FHC chamou Lula para um debate a sós e Lula não aceitou, mas agora fala à toda sua platéia que quer ver a militância batendo de frente com àqueles que citarem os atos de corrupção de seu partido, o PT.
Creio que Lula não entendeu a oferta feita por FHC: debater sobre os dois momentos em que ficaram a frente da presidência da República.
Lula fugiu desse assunto, mas agora bate no peito pedindo para a turma dele ir pra cima dos outros. No mano a mano ele não aceitou! Na minha terra, Lula receberia um apelido jocoso: Afinão!
O Brasil vem sendo aos pouco e agora nessa eleição com maior incidência, dividido em aqueles que apoiam e aqueles que não apoiam o PT e Dilma Rousseff.
Ser contrário as suas ideias e ideais é estar contra o Brasil. Pensar que o Brasil está caminhando em passos largos para uma grande recessão é ser pessimista demais para ser brasileiro.
O choque de realidade ocorrido no futebol brasileiro após os 7 a 1 de 08 de julho de 2.014, parece estar chegando para o nosso país como um todo que começa mostrar fraqueza - econômica, política, social, etc - mas a nossa soberba insiste em achar que somos e seremos o melhor lugar do mundo para se viver.
As eleições se comportarão como o jogo da Seleção Brasileira e a seleção colombiana. Entendo que Dilma vencerá, no 2º turno e isso dará a muitas pessoas a sensação de que tudo estará muito bem e que o próximo jogo será apenas uma confirmação da nossa maturidade como país. Mas 2.015 chegará voando e o fim do represamento dos preços administrados pelo governo - combustíveis, energia elétrica e todas as escalas inerentes a esses setores - mostrará o quanto deixamos de fazer e o quanto fomos negligentes após a crise de 2.008.
A pergunta que deixou é: Lula continuará batendo no peito e falando com toda a sua autoridade? Estará ao lado da presidente da República nos piores momentos? Aceitará debater com FHC sobre a condução do país? Assumirá a culpa por sua decisão de 2.008 para enfrentar a "marolinha"?
O tempo vai dizer...
Nossas pesquisas apontam para uma grande retração a do mercado e se os empresários não demonstram força para sair do buraco, qual será a arrecadação de impostos do país?
Veremos.

Por Marcelo Di Giuseppe

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