segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Reprise de 2.002?

Cada eleição é uma eleição, mas o que dizer quando entre elas há alguma similaridade.
Me chama atenção um "nova" força aparecendo em combate contra a polarização entre PT e PSDB.
Primeiro devo destacar que não há nada de errado em haver uma polarização, desde que sua visão de mundo e governo sejam totalmente antagônicas como no caso entre Democratas e Republicanos nos Estados Unidos da América, isto é, um mais a esquerda e o outro mais a direita.
Os dois partidos brasileiros se aproximam muito mais da esquerda do que da direita, o que faz do Brasil ser um dos únicos países do mundo a não possuir um partido totalmente a direita, exigindo menos Estado na economia, por exemplo.
Surge um novo partido, o partido Novo (www.novo.org.br) com essa visão e saberemos se liberais e conservadores escondidos de vergonha sairão da toca.
Voltando as eleições...
Com o surgimento de Marina Silva nas pesquisas a frente de Aécio Neves em um ponto percentual (21 a 20), fez me lembrar das eleições de 2.002 onde o quadro era o seguinte:
Em 30.07, Lula tinha 35%, Ciro Gomes 32% e José Serra 19%.
Em 30.08, Lula passou para 37%, Ciro caiu para 20% e Serra 19%.
Em 09.09, Lula chegou a 40%, Ciro caiu ainda mais, batendo 15% e Serra subiu para 21%.
Na urna, fechamos o 1º turno assim: Lula 46%, Ciro 12%, Serra 23% (indo para o 2º turno) e Garotinho que vinha patinando, chegou a 18%
Alguma semelhança?
Nesse momento eleitoral, mês de Agosto, Ciro parecia ser a chave para o fim da polarização, mas após chamar um ouvinte da rádio em uma entrevista de "burro" e o episódio ser explorado pela equipe de marketing do PSDB, a situação começou a se deteriorar.
Até agora Marina parece ser essa 3ª via, nada nova, mas que ainda não teve nenhuma derrapada para ser explorada pelos adversários.
Os outros partidos pretendem logo explicitar o que chamam de contradições de Marina e logo saberemos se o resultado está sendo benéfico ou não.
Diferente de 2002, dessa vez, o risco para o PT é a ocorrência do 2º turno, seja com quem for e também a ausência de uma 4ª via, como foi Garotinho em 2002.
Me parece que nas próximas pesquisas, Marina crescerá ainda um pouco mais, mas entendo que o seu "teto" não deve passar de 27%, número esse já conquistado em Abril de 2014.
Para Dilma, atingir Marina será essencial e para Aécio a sua sobrevivência.
Veremos...

Por Marcelo Di Giuseppe


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