Carta Capital
Marcos Coimbra, presidente do instituto de pesquisas de opinião, Vox Populi, faz análises para a revista Carta Capital.Lula e Dilma
Coimbra sustenta que a situação de Dilma para as próximas eleições são muito similares a situação de Lula em 2.006. Vamos aos dados que embasam sua análise...Aprovação de Governo
Em fevereiro de 2.006 a aprovação do governo Lula, resultante da soma entre aqueles que consideravam o governo ótimo e bom era de 37%. Em março passou para 42%, abril 37%, maio 39%, julho 38%, agosto 45%, setembro 49% e outubro, mês no pleito, 53%.Percebam..
Volto a citar um axioma eleitoral: governos com aprovação de governo acima de 51% têm acima de 90% de chances de vencer uma eleição.Notem portanto que esse fato ocorreu (e não errei de novo!) em 2.006.
O poder da TV
Políticos estão sempre em campanha, mas legalmente ela tem a data certa para o seu início. Mas a consolidação de um nome e sua candidatura em nível estadual e federal, ocorrem mesmo com o programa eleitoral. Notem, novamente, que a aprovação do governo Lula em um patamar muito próximo (abaixo muitas vezes) dos 40% até entrar a TV na jogada.Semelhanças
Sim, Coimbra acerta em dizer que existem semelhanças entre os dois momentos, mas erra ao não notar que elas estão muito ligadas ao tema aprovação de governo.Diferença I
Algumas diferenças são enormes, exemplo: os nomes e os respectivos pesos são outros. Em 2.006 os candidatos eram: Lula/PT, Alckmin/PSDB, Heloísa Helena/Psol, Cristovam Buarque/PDT, Ana Maria Rangel/PRP, Eymael/PSDC, Luciano Bivar/PSL e Rui Costa/PCO.Agora, até o momento temos os seguintes pré-candidatos: Dilma/PT, Aécio/PSDB, Eduardo Campos/PSB, Randolfe Rodrigues/Psol.
Dilma terá pela frente, menos concorrentes, mas com peso regional maior. Esse é o primeiro perigo para sua reeleição.
Diferença II
Claro que teremos que acompanhar a evolução da aprovação de seu governo, porém, Lula sempre foi um ótimo "advogado", com ótima oratória e sabe falar o que o povo deseja ouvir.Dilma, apesar do tempo de TV, poderá ter mais dificuldades.
Nossas pesquisas
Há mais de um ano, mesmo em tempos de aprovação de governo nas alturas, sustento que o 2º turno é certo, de acordo com nossos estudo de potenciais de voto e cresciemento.O 2º será uma nova eleição e Dilma, diferente do que afirma Coimbra, corre sim grandes riscos.
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